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O ESCULTOR / THE SCULPTOR

Nasceu em Maputo, Moçambique, no dia 26 de fevereiro de 1968. Com pais portugueses e uma única irmã, é o primogênito. A mãe era analista química e o pai técnico em metalúrgica e artista plástico por opção, vindo daí, seu interesse precoce pelas artes e pelas construções.  

Em 1974, seus pais emigraram para o Malawi, em decorrência da guerra civil deflagrada no país pela independência de Portugal. Em Malawi realizou seus estudos primários.

Em 1977, aos 9 anos, viaja com a família para Lisboa, onde fixam residência. Seu interesse pela arte o levou para Escola Industrial de Lisboa, onde se profissionalizou e dominou a técnica de fundição.

Dos 16 aos 18 anos, frequentou a Escola de Belas Artes como aluno assistente, aprendendo a moldar nos ateliês dos grandes mestres da escultura como João Fragoso e Dorita Castelo Branco, “Deu-me a mão e me ajudou muito, acompanhei-a durante dez anos até o fim de sua vida”.

Em 1985, dos 18 aos 21 anos, inscreveu-se em cursos de fundições em “cera perdida”, na Fundição K na Espanha e na Fundição do Museu do Louvre, na França. Todo conhecimento e experiência adquiridos fizeram-no mestre em fundição de obras de arte. No ano, abriu sua própria empresa, a Fundarte (1985-2005), com dez colaboradores e seu pai, iniciando sua atividade de fundidor e restaurador de obras de artes de grande porte, o que lhe deu projeção e reconhecimento internacional. Podemos citar a maior obra escultórica construída e exposta em Portimao com 12 metros de altura e pesando 20 toneladas. Outro destaque é a reprodução da Deusa Kum lam, com 25 metros de altura e 50 toneladas de autoria de  Cristina Rocha Leiria oferecida pelo Presidente da Republica Jorge Sampaio ao território de Macau, no dia em que passou ser governado da China.

Simultaneamente durante 05 anos frequentou o Laboratório Nacional de Engenharia (LNEC) onde apreendeu a técnica de “cera pedida”. Neste universo das artes, se identificou como a terceira mão do artista, aquela que nunca aparece, em que o escultor trabalha a peça de barro, gesso ou desenhos  depois reproduz em qualquer escala e material.

Seus trabalhos encontram-se expostos em museus, espaços públicos e privados em Portugal, Moscou, Turquia, França, Itália, Holanda, Madeira, Açores, Suíça, Espanha e Estados Unidos. Todas as obras expostas estão assinadas com o carimbo da Fundição Fundarte , onde representa a fundição, ateliê e qualidade do processo em “cera perdida”

Em 2004, sofre um grande golpe, a morte daquela que sempre o compreendeu, apoiou e acreditou em seu talento, sua mãe. Esse foi um fato que o motivou a rever sua jornada de trabalho e realizações pessoais.

Em 2005, em visita ao Brasil, o que estava latente em sua alma, o amor à arte e o desejo de ser autor das suas próprias esculturas, aflora e posterga seu retorno a Lisboa. Com apoio de amigos portugueses, residentes no Brasil, consegue trabalhar em diversas áreas em São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados.

Em 2007 em uma viagem a trabalho, chega ao Estado de Santa Catarina, identificando-se imediatamente com o povo e a cultura, onde decidiu ficar e não retornar a Portugal. Sendo um novo recomeço, agora como escultor e fundidor dos seus próprios trabalhos. Por três anos sua residência foi em Rio do Sul-SC, desenvolvendo sua carreira como Escultor.

Em 2010 mudou-se para Balneário Camboriú abrindo seu próprio ateliê. Com seu talento já reconhecido e admirado, participa de exposições pelo Brasil e passa a executar magníficas obras para edifícios, residências, praças parques e jardins.

Em 2011, obtém o visto perante o país e é declarado oficialmente cidadão brasileiro. Assume a função de vice-presidente da Associação de Artistas Plásticos e Preservação da Natureza do Meio Ambiente (ACAPPMA).

Em 2017 se deu a perda de seu pai Eduardo Rafael, sendo o grande influenciador e motivador da sua carreira como artista. Quando criança foi seu mentor seu ídolo, passando momentos admirando seu pai pintar as paisagens inóspitas da selva africana.

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